11 de maio de 2006

É possível que Manuel Maria Carrilho tenha razões de queixa pelo tratamento de que foi alvo por parte da comunicação social por ocasião das Autárquicas, mas quando ele ataca tudo e todos torna-se difícil acreditar. Além disso, o deputado-filósofo apresenta-se como juiz em causa própria, o que também não se recomenda. Por mais que garanta que não, Sob o Signo da Verdade é um mero ajuste de contas, ressentimento puro — e só convence quem já está convencido. Tirando uns cobres que lhe possa render, duvida-se que o livro lhe traga um pingo de estima pessoal ou política, além de que atacar os jornalistas é um erro que, por regra, se paga caro.