23 de dezembro de 2010

NÃO HÁ FUMO SEM FOGO. Por manifesta incompetência (para dizer o mínimo), o Millennium BCP dos EUA mudou, recentemente, de mãos, e a minha conta bancária com ele. Devo dizer que nunca me ralei por aí além com «práticas bancárias arriscadas e pouco saudáveis», como a entidade que por aqui supervisiona os bancos designou as práticas do Millennium, pela simples razão que estou convencido de que todos os bancos recorrem, de um modo geral, a práticas idênticas, embora uns mais do que outros. (Não deve ser por acaso que a concorrência nunca abre a boca sobre casos destes, quando seria de esperar que aproveitasse casos destes para apontar o dedo aos outros e propagandear as virtudes próprias.) Mas quando as práticas «pouco saudáveis» começam a ser uma constante, quando se diz que o Millennium terá oferecido informações aos americanos que deviam ser confidenciais em troca não se sabe de quê, convenhamos que é demais. O presidente do Millennium já desmentiu tal intenção, e nem se esperaria que não o fizesse. Mas cada um acredita naquilo que quer, e já houve variadíssimas suspeitas sobre o Millennium que acabaram por se confirmar apesar dos veementes desmentidos.